sexta-feira, 11 de março de 2011

É necessário combater a ansiedade

Existem pessoas que não sentem ansiedade ou, então, controlam-na de forma magistral. Quando se encontram em dificuldades procuram sempre uma solução positiva e, se dão conta que a sua mente esta tomada de desânimo, afastam-se. E, para se voltarem a encontrar, distraem-se, conduzem o pensamento qualquer coisa que os recarregue, que lhes devolva a vitalidade. Ouvem música ou, então lêem a biografia de uma figura que admiram, vêem um filme, lêem um romance. No entanto, adiam as acções e quaisquer que sejam as decisões para aquele momento em que conseguirão tirar do fundo de si mesmas a segurança e a determinação. Só então, voltam ao contacto com os outros, pronto a agir, a ouvir, a compreender, a iniciar. Uma vez que os sentimentos são contagiados, transmitem a própria segurança também aos outros que os circundam, inspirando-lhes calma, confiança, optimismo.
O domínio da própria ansiedade é uma qualidade essencial do lider. O comandante do navio, mesmo na mais medonha tempestade, deve dar a impressão de que controla o perigo. Ai dele se fizesse transparecer a sua ansiedade, o seu receio: a tripulação entrava em pânico e o navio iria contra os rochedos.
No extremo oposto encontram-se as pessoas que estão sempre ansiosas. A depararem-se com o problema ficam alarmadas, pensam no pior, temem as desgraças. Também estas transmitem as suas sensações aos outros. Há pais que passam os seus anseios aos filhos, chefes que as descarregam nos seus subordinados, médicos que as transmitem aos pacientes. As consequências são sempre negativas. Recordemos que o inimigo, na guerra, procura enfraquecer-nos, suscitando em nós a ansiedade e o medo com a propagando, enviando-nos notícias negativas. Ele procura despedaçar a nossa moral, gerando a desconfiança na vitória, induzindo em nós o pessimismo.
Nem todas as pessoas são débeis. Algumas são fortes, corajosas. Sabem lutar, agir com firmeza, com talento. Contudo, o seu tormento interior acaba sempre por passar para fora, vencendo o filtro da consciência e da vontade. Na realidade, a comunicação dos sentimentos não é feito de palavras, mas também com a mímica, com a postura do corpo, dos braços, das pernas, das mãos, da cabeça, com movimentos infinitésimos do rosto, da boca, com o olhar, com as mais leves inflexões da voz.
Ser ansioso é um traço de carácter. Em parte hereditário, em parte desenvolvidos na infância, em parte nascido das dificuldades da vida não superadas. Porém, a responsabilidade é, qualquer maneira, sempre nossa. Porque não nos defendemos suficientemente, dado que deixamos que a ansiedade e os pensamentos negativos invadam a nossa mente. Porque queremos compadecer-nos ou sentir-nos apiedados. E, como o passar do tempo, estas atitudes negativas tornam-se num hábito.
Quem tem posições de responsabilidade deve, em absoluto, fazer um esforço para combater a sua tendência para a ansiedade e evitar transmiti-la aos outros. Mas como? Creio que haja apenas um único caminho. Comecemos por vestir a pele do optimista: a postura relaxada, o gesto sereno, a cara sorridente.
Comportemo-nos como pessoas serenas e, ao mesmo tempo, expulsemos da nossa mente os pensamentos negativos e imaginemos soluções positivas. Veremos que, pouco a pouco, o que ao princípio podia parecer apenas um traje que devia dar um aspecto diferente a um determinado corpo torna-se parte de nós próprios. Passa a ser um hábito mental, um costume. A força dos hábitos é imensa, tanto no bem como no mal. Se vos deixais andar, se cultiveis o vosso mau humor e o vosso pessimismo, se continuais a lamentar-vos, a vossa cara tornar-se-á numa máscara rígida, triste e distante. Ao contrário se impuserdes a vós próprios o desempenho do papel do optimista acabareis por vos transformar nele.

Sem comentários:

Enviar um comentário