sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Loucura ou Sabedoria?

Existe uma realidade ao redor da qual todos nós gravitamos: somos fortes julgadores em cima das atitudes, hábitos e vícios das pessoas.
A Filosofia Budista recomenda que não se julgue, simplesmente porque as pessoas, ou almas se preferirem, estão em estágios diferenciados de evolução; pior é que esta atitude, julgar, cria karma. Somos essências em estágio evolutivo. Ninguém está pronto neste planeta. Este é o ponto. Aqui é uma escola onde se aprende pela dor. Saber entender a dor, e por que ela aconteceu, é o maior caminho para nossa subida de um degrau...

Assim:
O que é entendível para alguns é absurdo para outros.
O que é correto para mim, é detestável para você.
O que é convenção para alguns, é ridículo e inapropriado para outros.
O que é novo para um, pode ser inaceitável para o outro.
E assim seguimos vivendo. Mas, qual é o ponto correto em tudo isso?

Simplesmente, aquele que nos satisfaz. Na vida não há certo ou errado. Há o que nos preenche e nos satisfaz.Portanto, não podemos rotular as pessoas conforme nossas verdades, porque simplesmente a verdade de agora será superada pela verdade do futuro. E quem somos nós para julgarmos?

Há uma frase célebre que diz:
Quando encontro a resposta, o Universo muda a pergunta!
Ou seja, estamos em constante evolução e precisamos de lucidez para entender o que acontece à nossa volta, sem nos preocuparmos em controlar a vida dos outros via julgamentos e rotulagens de acordo com nossas verdades. As novidades evolutivas podem chocar.

Você conhece, eu conheço também, um cem número de pessoas que nunca erra. Sempre os errados nos episódios analisados foram os outros. Uns porque atrapalharam, outros porque foram negligentes, outros omissos, mas eles, sempre os perfeitos... e vítimas das circunstâncias.

O que fazer com eles?
Deixá-los viver a vida conforme querem e entendem que está certo e, assim, colherem o que plantaram: o oco, o vazio e o sem conteúdo. Mas isso é problema deles.
A vida é Causa e Efeito. Isso sim é verdadeiro. Tão verdadeiro como a dor, mas supérfluo como o sofrimento. A dor é inevitável, porém, manter o sofrimento sempre é opção nossa. Aprendemos com a dor. Com o sofrimento estragamos a saúde. Só e tudo isso.

Voltando ao tema, o maior exemplo de loucura foi com Einstein... Na realidade, ele estava sempre à frente dos que o cercavam. Sabia muito e, portanto, era incompreendido pelos que seguem padrões. Pior ainda era na sua época, quando o conhecimento era reservado somente para alguns afortunados.

Para ele, não existe o mal, existe a ausência do bem. Não existe o ruim, falta o bom. Não existe a vaidade, falta humildade. Não existe a raiva, falta o amor.

Por pensar assim era insano, louco mesmo. Eu prefiro achar que era incompreendido...
Portanto, sempre que alguém está sendo julgado como louco, pode estar apenas vendo mais longe do que os padrões convencionais que aplicamos em nossa vida, naquele exato momento.

Atualmente, com a incrível velocidade da informação, você percebeu como estão diminuindo as aldeias? Como as pessoas estão ávidas de conhecimento? E vocês perceberam como aumentaram os loucos?

Que tal sermos um deles? As oportunidades estão ao nosso redor. É só agir... Assim, acabamos conhecendo o caminho que nos leva ao saber de ser sábio. Aquele que só vem com o conhecimento realmente aplicado.

Saul Brandalise

Música de Energizaçao

Os Sentimentos e as Emoções

O bem maior do homem é a realização completa de sua razão, quando ela consegue dominar os seus sentimentos e desejos e a partir daí, todos eles perdem seu sentido de ser. É comum a idéia de que, quando a mente humana entra em ação, em primeiro lugar se formou o pensamento. Mas, numa camada mais profunda do que aquela em que se forma o pensamento, surge o sentimento, que gera o pensamento.
As pessoas pensam porque sentem.

A força criativa não é acionada diretamente pelo pensamento. Toda ação criativa é decorrente de um sentimento. Portanto, os sentimentos desempenham um papel muito importante, porque são eles que acionam todos os pensamentos e a materialização das ações.

A Mente Subconsciente é a sede de todas as emoções, de todos os sentimentos. A Mente Consciente é apenas uma área mental onde são registradas as emoções e os sentimentos já experimentados. Esta é a razão porque as emoções e os sentimentos gravados na Mente Subconsciente se manifestam com tanta força.

E, chega o momento onde é fundamental diferenciar emoções de sentimentos, pois existe muita confusão. Na verdade emoções e sentimentos caminham muito perto um do outro. Até porque, afloram do mesmo ponto da mente, o subconsciente, embora as emoções sejam mais reptilianas (primitivas, instintivas, carentes de uma censura), enquanto os sentimentos são emoções que já passaram por filtros conscienciais e espirituais. A grande diferença está no processo evolutivo do indivíduo, ou seja, se ele aceita ser movido: pelos instintos e a irracionalidade - emoção OU pela espiritualidade, assumindo seu livre-arbítrio e todas as suas consequências – sentimento.

A emoção é um estado afetivo intenso, muito complexo, proveniente da REAÇÃO, ao mesmo tempo mental e orgânica, sob a influência de certas excitações internas ou externas. Na emoção existe forte influência dos instintos, das inferioridades e irracionalidade. O sentimento se distingue basicamente da emoção por estar revestido de um número maior de elementos intelectuais e racionais. No sentimento já existe alguma elaboração no sentido do entendimento e compreensão. No sentimento já acontece uma aproximação da reflexão e do livre-arbítrio, da espiritualidade e da racionalidade ou evolução humana.

Alegria é um sentimento. Euforia é emoção.

A alegria é espontânea, na maioria das vezes não depende de um motivo ou causa, ela simplesmente acontece e transborda. Ela é calma e contagiante. A euforia atropela, é inadequada, incomoda e é pouco diplomática. Normalmente, após a euforia seguem quadros de frustração, depressão e apatia.

Tristeza é um sentimento. Depressão é emoção.

A tristeza é inevitável em algumas situações da vida, mas ela pode ser vivenciada juntamente com a paz, porque acontece a compreensão de que tudo é passageiro e transitório, como também aprendizado.

Medo é um sentimento. Pânico é emoção.

Os medos são muitos e até servem como auto-proteção, auto-preservação ou alerta. Mas o medo constante, sem motivo aparente ou real, que paralisa, revela falta de lucidez e confiança.
Coragem (coração + ação) é fazer com medo.

Raiva é um sentimento. Ódio é emoção.

É humano expressamos o sentimento de raiva, até como um posicionamento, um discernimento. Mas este sentimento deve ser rápido, passageiro, o tempo de aprender como transformá-lo em atitudes realizadoras, oportunidades do exercício da paciência, tolerância e compreensão. Jamais deixe que a raiva se transforme em mágoa, rancor ou ódio, pois este é o caminho da auto-destruição.

Amor é um sentimento. Paixão é emoção.

O Amor anima e liberta. Junto com a paixão vêm de brinde o ciúme, a dor, a insegurança e a possessividade.

Existem três tipos de sentimentos:
- Agradáveis
- Desagradáveis
- Neutros
Quando temos um sentimento desagradável, desejamos evitá-lo. Porém, o ideal é voltar à respiração consciente, que vai oxigenar, trazer clareza e apenas observá-lo, identificando-o em silêncio.

Nota: Inspirando, tomo consciência de que há um sentimento desagradável em mim. Expirando, percebo claramente que há um sentimento desagradável em mim. Raiva, tristeza ou medo, nomeado e identificado com clareza, fica mais sincera e profunda, é forma de lidar com ele.

Respirando e tornando-se consciente

A respiração é a forma mais poderosa à nossa disposição para nutrir e fortalecer de poder construtivo as questões emocionais e afetivas. As filosofias orientais já dominavam este conhecimento e faziam uso desta ferramenta há milênios. Bons exemplos são a yoga e os mantras. Através da respiração é possível entrarmos rapidamente em contato com nossos sentimentos, observá-los por uma ótica mais clara, oxigenada e administrá-los.

Se a respiração for leve e tranqüila — resultado natural da respiração consciente — a mente e o corpo irão lentamente se tornando leves, tranqüilos e claros. E da mesma forma os sentimentos.

Na cura dos sentimentos desagradáveis é fundamental cuidado, amor e não-violência. Não acredite em transformações sem amor. Mesmo porque, através da observação consciente, os sentimentos desagradáveis podem ser muito esclarecedores, proporcionando revelações e compreensão a respeito de nós mesmos e da nossa sociedade.

O sentimento verdadeiro é a compreensão, é o perdão. É uma sensação de paz.

Em vez da ação que busca se desfazer de partes de nós mesmos, devemos aprender a arte da transformação. Podemos transformar nossa raiva, por exemplo, em algo mais salutar, como a compreensão. E, desta mesma forma, é possível tratar a ansiedade (medo) ou a depressão (desesperança significa desepero e sem esperança).

As emoções nos levam às ilusões, às falsas expectativas, à distorção da realidade. Desta forma, ficam comprometidos o discernimento e a capacidade de julgamento. Fica faltando a luz da evolução espiritual. Por outro lado, os sentimentos nos fazem crescer, expandir para a conquista da paz.

Conceição Trucom

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Aprender a viver...Viver é aprender!

Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-de, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno de amanha é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair no meio do vão.
Depois de um tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto muito tempo.
E aprendes que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te e tu tens de perdoa-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos a construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que tu podes fazer coisa num instante, das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tens na vida, mas o que és na vida.
E que os bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos de mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com que mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez em que as vemos.
Aprendes que as circunstancias e os ambientes têm influencia sobre nós próprios.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu podes ser.
Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto.
Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas onde vais, tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação sempre existe dois lados.
Aprendes que heróis são aqueles que sempre fizeram o que era necessário fazer, enfrentado as consequências.
Aprendes que a paciência requer muita pratica.
Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é uma das poucas que te ajudam a levantar.
Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste com elas do que com quantos aniversários celebras-te.
Aprendes que nuca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva, tens o direito de estar, mas isso não te dá o direito de seres cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que essa pessoa não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes tens de aprender perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços do teu coração foi partido, o mundo não pára para que o concertes.
Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto , planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores.
E aprendes que realmente podes suportar .. que realmente és forte.
E que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais.
E que realmente a nossa vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!
As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar! "

William Shakespeare

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A vida é o meu mundo dos brinquedos!

É díficil seres forte quando um brinquedo que adoras e que parece estar inteiro, na verdade está todo partido por dentro e perdeu toda a sua força e estrutura porque as pessoas em quem confiaste estiveram a brincar com ele. No entanto, tentas mantê-lo intacto preservando a embalagem para que não percebam que o partiram e sorris, mostra-o forte mas na realidade está todo destruído.
No fundo, ficas feliz por ver os outros sorrir mesmo estando muito desiludido por o terem partido.
Hipocrisia?! Mentira?! Não, apenas inocência, sinceridade e a humildade do ser criança e que nunca queres deixar de ter apesar de só te fazer perder tudo o que gostas.
No entanto, mantêns felizes as pessoas de quem gostas não os perturbando com os teus simples problemas. Por vezes, temes que te interpretem mal mas hipocrisia seria fazeres as pessoas sentirem-se especiais sem o serem porque quando o são não há razões para não as fazeres sentirem-se mais especiais ainda.
E mais, hipocrisia seria dizeres a todos eles o mesmo transformando desta forma uma pessoa de quem gostas num mero brinquedo.
É então que dizes: vivo num mundo em que as pessoas se tornam brinquedos uns dos outros! E no fim, apercebes-te que não fazes parte dele e vives no teu mundo à parte. Bem-vindos ao meu mundo...

"Bem-vindos ao mundo encantado dos brinquedos onde há réis, princesas, dragões... heróis de banda desenhada, jogos e muitos trambolhões..."