sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A realidade da pura verdade

Eu sempre esperei muito da vida, deve ser por isso que nasceu constantemente desilusões quando menos espero ou até quando já estou a contar com as desilusões, desiludo-me na mesma. E eu a pensar que quando sabemos o que vai acontecer já vamos estar preparados, mas não é bem assim. A vida é boa ou má em determinados momentos. De resto a vida é simplesmente irritante, por ser stressante, por meter mesmo muitos nervos (lol), por enjoar (ser rotinaneira nos aconteciemntos). - É que é mesmo assim. A vida mete um nojo que nem te conto nem te digo. lol
Quanto mais quero me tornar forte, segura, preparada, atenta, protegida e distante mais aparecem situações que me desconectam disso, mais eu caiu no meu próprio erro, frequentemente. Acreditar no amor é um quase impossível para mim a partir de hoje (do dia da criança) ! Os meus sonhos tem que morrerem, as minhas ilusões tem que serem enterradas, acreditar em mim (e em Jesus) é uma regra bem definida a parir de agora!

Deixar de sair, de dormir, de comer por não ter apetite para nada, por estar sempre desiludida. Mas que é isso? Isto sim não é vida para ninguém! Não matei ninguém para merecer sofrer. Toda a gente tem direito à felicidade, já que não fui afortunada a tê-la de graça sem ter que fazer nada, vou ter que lutar por tê-la interiormente, sem precisar de nada nem de ninguém para me sentir feliz. Uma coisa é encontrar pessoas ou passatempos para me sentir bem, para o meu bem-estar ser aumentado, outra é utilizar isso como forma de ter a felicidade permanente. À que fazer a distinção, à que perceber que cheguei a altura dos stops dos sofrimentos, acabou tudo que não interessa, partir para a mudança é o meu destino.

Acho que a melhor forma é ter o afastamento de todo o tipo de pessoas - Como colegas, amigos (as), gajos. Desde os meus 14 anos tenho vindo a perder toda a gente que conheço, que gosto ou que não gosto. O tempo afasta, as circunstâncias ou eu mesmo decido me afastar para o meu bem. É muito triste não ter ninguém com quem desabafar sem me julgar, sem dizer que a culpa é minha, que sou burra, etc. Estou farta de julgamentos. Canso-me de viver. E de tudo que tem a vida. Canso-me de comer. Canso-me de dormir. De estudar. De trabalhar. É tudo tão esgotante, tão cansativo.

Confiar? Confio tanto nas pessoas, tanto, é esse outro meu erro. Canso-me de errar. Apoio quero-o, preciso-o. A vontade morreu. O desejo de viver desapareceu. Para onde foram? Também quero ir. Levei-me para longe. Quero voar. Não quero sofrer mais por favor. Tenham compaixão de mim. Não me façam mais mal. Como vocês dizem, ainda sou nova. Então, pensem nisso e ajudem-me. Quero ser uma gaivota não ter que ter dinheiro para voar, para viajar, para comer, para conhecer. Ser livre sem precisar do material e de ninguém. Ai está a grande virtude da liberdade do viver. Sobrevoar por cima do rio, com a velocidade levantar a água, salpicar o corpo como forma de arrefecimento, de aventura. Ir até ao auge sem precisar de ter um orgasmo. Ir ate mais longe que podermos, ir com a velocidade que querermos sem ter regras de trânsito, sem ter multas, sem ter alguém ao nosso lado a disser para ir devagar, sem estarmos preocupados se vamos “espetarmos” num muro, sem ter lombas nem curvas, sem ter medo de cair. Sobrevoar, voar, subir, descer, revirar, aterrar, descolar, permanecer constante, olhar para a paisagem, observar a vida com distância e ter a nossa liberdade sem que nada a tire.

Saber viver? Será sonhar? Será acreditar? Será fazer o que nos apetece sem pensarmos nas consequências? Ai está a liberdade. Mas os humanos nunca conseguem e nem vão conseguir atingi-la, só os animais é que tem essa regalia de viver. Nós somos obrigados a pensar, nós limitamo-nos com regras, medos, consequências, previsões, cautelosos que queremos ser só para sermos felizes, mas assim não seremos…
É tudo tão difícil, não real, tão profundo que deixa grandes marcas, grandes limitações para o futuro. Cheguei à conclusão que vou, posso e que consigo atingir a liberdade e a felicidade que tanto quero (sozinha, só comigo). Vivendo para mim. Dando valor a mim. Aos poucos conseguirem. Ser pensar muito no futuro. Tendo limites e regras só impostas por mim. Para eu não errar mais nas coisas que me fazem sofrer.
Os poetas estão sempre sós, com os seus sonhos, pensamentos, desejos, emoções. Condenaram-me a isto em troca do dom da escrita, da liberdade do que sinto e penso. Eu sempre tentei ser livre a minha maneira, mesmo não podendo estar sempre livre, eu estava, quando me encontrava só comigo. Eu revejo-me e vejo-me numa grande mulher, criança, jovem e idosa. Eu sou o que sou. Aceito-me. Orgulho-me e admiro-me. Mesmo errando porque quis. Se quis é por quis ser livre, arriscar, para mim nem o sofrimento é um limite.

Os meus limites são as minhas crenças. Eu sou grande. Eu serei grande. Eu só preciso dos outros para sofrer e crescer mais rápido (será?), mais nada! Eu não queria estar só.- Lutar só, Luta-se muito mais. É esta a realidade da verdade pura.

Rita Oliveira

1 comentário:

  1. Sem duvida é um bom começo...
    Agora é preciso força e coragem para continuar...
    :)

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