sexta-feira, 29 de abril de 2011

A definição de propósito de vida é diversificada e um pouco controversa

Para alguns, resume-se basicamente em procurar a sobrevivência física, adaptando-se ao meio circundante. Para outros, poderá tomar contornos religiosos ou espirituais, traduzindo-se em prestar serviços elevados à Humanidade através de uma missão revelada. 
Acredito que o nosso propósito de vida seja evoluir e criar a felicidade para nós e para os outros. Digo criar, porque está implícito um processo criativo. Cada um de nós terá de procurar dar felicidade ou satisfação aos outros através de uma expressão que lhe dê felicidade a si próprio. Poderei simplificar a ideia da seguinte forma: o nosso propósito de vida será provavelmente procurar servir os outros através de algo que nos faça sentir felizes e realizados.
E como é que criamos a nossa felicidade? Cada um de nós terá de procurar a sua própria resposta, ou seja, procurar alternativas para viver segundo as suas paixões. Assim que estejam identificadas as coisas que nos trazem realização e tenhamos implementado um plano de acções para que estas coisas se tornem úteis aos outros, estaremos a viver segundo o nosso propósito de vida.
A título de exemplo, poderei mencionar o Nuno, que trabalhava numa instituição bancária mas detestava estar todo o dia metido num espaço fechado a cumprir ordens. Sentia-se como um pássaro na gaiola e sufocava interiormente, além de não gostar daquilo que fazia. Quando conseguiu identificar as actividades que lhe transmitiam paixão, verificou que estas estavam ligadas directamente com a natureza e muito em concreto com o mar e com o surf. A solução passou por ser a criação de um negócio, em parceria com um amigo, que implicava dar lições de surf e mergulho, além de organizar passeios de barco ao longo dos estuários. Através das coisas que o fazem feliz, o Nuno criou uma forma de rendimento, ao mesmo tempo que contribui para que as outras pessoas sejam também felizes. Neste momento, o Nuno está a perspectivar expandir os seus serviços com a oferta de passeios pedestres guiados e de jipe, o que implica a contratação de outras pessoas com paixões semelhantes às suas.
Para viver segundo o seu propósito de vida, em primeiro lugar tem de procurar saber o que gosta realmente de fazer. Quando procuramos viver segundo as nossas paixões, as portas abrem-se e os recursos surgem como que por magia.

Veja o que lhe parece mais assertivo – um arquitecto infeliz somando projectos de construções medíocres ou um jardineiro feliz e realizado, cuidando das plantas como se estas fossem obras de arte?

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